Toca de ideias...
Que brincar comigo?
Fazer barulho, ser inquieta, se emocionar, usar a imaginação, colorir a casa com ideias, se aventurar, brincar até cair de sono, dormir de pé sujo, chorar porque quer ficar mais um pouquinho no parque, correr com os braços abetos como quem está prestes a levantar voo, brincar como se não houvesse o amanhã, imaginar, imaginar, imaginar...
Todos estes são hábitos de crianças saudáveis e felizes!
Crianças são almas livres que estão em constante aprendizado e só querem se divertir. Este propósito é diário de toda criança que busca em suas ações do dia a dia por momentos em que possam sonhar.
A brincadeira proporciona para a criança inúmeros benefícios que vão dos fisiológicos aos emocionais.
Regula o humor e ansiedade;
Promove atenção, aprendizagem e memória;
Reduz o stress, favorecendo a calma neuronal, bem-estar e felicidade;
Amplia a sua motivação física, graças à qual os músculos reagem impulsionando-as a brincar.
Tudo isso promove um estado ótimo de imaginação e criatividade, ajudando-as a apreciar a fantasia do que as rodeia.
Neste mês da criança, trago para a Toca de Ideias, algumas sugestões de brincadeiras divertidas para serem feitas com as crianças tanto em casa quanto na escola.
Quero propor atividades com leitura, sucata e algumas brincadeiras lá do tempo de antigamente. Até para proporcionar um resgate e fazer com que os pais e professores possam viver momentos de nostalgia cheios de Amor.
Para a leitura quero sugerir a Roda de Leitura com Intervalo Musical:
Pode ser trabalhado um determinado livro. Por exemplo, o livro que marcou a vida das crianças. A professora faz perguntas referente ao livro, os alunos podem citar trechos da Obra. Sempre com a mediação do professor. E no meio disso tudo pode rolar muita música. Os alunos trazem seus instrumentos musicais e então interagem com eles.
Aí vai do professor como irão conduzir a Roda. Se irão usar a música no final, ou deixarão livre.
A sugestão desta atividade é que seja feita com alunos acima dos 9 anos de idade. Pois já tem um entendimento melhor da leitura.
Com sucata. Que tal criar o meu Brinquedo de Sucata Favorito?
Esta pode ser feita em casa e minha sugestão é que seja estabelecido um dia na semana ou mês para se criar um brinquedo de sucata. (Avião de caixa de papelão, foguete interestelar feito com garrafa pet, fantoche com meia velha...)
No início, se houver dificuldade com ideias. Procure na internet. Com o tempo a imaginação aflora e a criatividade desenvolve. Vai por mim, este é um ótimo exercício.
Ah! Também é possível aproveitar a oportunidade das brincadeiras e trabalhar as Emoções dos pequenos. Sugiro aqui Trabalhar os Medos. A ideia é a seguinte: Criando o seu Amuleto do Medo. (novamente utilizar a sucata).
Esta pode ser feita em casa ou na escola e o resultado tenho certeza que será lindo. Da para fazer tanta coisa: Capa de super-herói contra o medo, estrela de papel contra o mostro do quarto, bolinhas de papelão superpoderosas, e por aí vai...
Para as Brincadeiras de Antigamente, são inúmeras e algumas já conhecidas sugestões:
Pião
Com o pião em mãos, enrole o barbante ao redor do brinquedo, de cima a baixo, e segure uma ponta. A ideia agora é lançar o pião com um movimento similar ao de chicotear, ainda segurando uma das pontas, para fazê-lo deslizar pela corda e rodar assim que a ponta de ferro bater no chão.
Se não der certo de primeira, não se frustre, esta brincadeira requer certa habilidade. Os mais velhos também podem entrar em ação para ensinar os macetes que facilitam fazer o pião rodopiar. E quando as crianças pegarem o jeito, pode-se desenhar um círculo no chão e desafiá-las a lançar o pião dentro da área delimitada.
Pular corda
Muito utilizada em coletivos de teatro para estimular e praticar o ritmo e a sintonia entre todos, pular corda em grupo é uma atividade que exige prestar atenção no outro. Como essa brincadeira pode vir acompanhada de muitas canções, a comunicação entre os pequenos também tem papel relevante.
Com uma corda longa e três crianças ou mais, a brincadeira ganha forma. Em cada ponta, fica uma criança responsável por bater a corda em sincronia. Outra fica no meio e pode pular a corda de frente ou de lado para uma das pontas. Também é possível pularem duas ou mais pessoas juntas, em um pé só, e que elas tentem entrar no meio da corda para pular depois de ter começado a girar.
Esta brincadeira também pode ser realizada individualmente, de diversas maneiras: com um pé após o outro ou os dois juntos, e aumentando a velocidade. Vale contar qual o máximo de pulos feitos sem errar, e se desafiar a superar essa contagem.
Se quiser dificultar, pode-se pular a corda alternando entre um pulo normal e um cruzado. Quando os braços estiverem em sua frente, cruze a corda e tente passar as pernas pelo laço inferior, e descruze ao passar pela altura da cabeça, pulando a corda do jeito tradicional.
E para acompanhar os pulos, existem diversas músicas que podem ser cantadas junto.
Bolinha de gude
As bolinhas de gude permitem diversas brincadeiras. A maneira tradicional é uma competição em que uma criança acerta a bolinha do adversário para tentar capturá-la para si.
Conforme o combinado entre as crianças, as bolinhas podem ser devolvidas ao final da partida, mas tudo varia de acordo com a capacidade de negociação entre os pares e o autoconhecimento dos pequenos para saber o que preferem, e se são capazes de lidar com as perdas.
Para dificultar a atividade, pode-se criar uma espécie de arena no chão, em formato triangular ou circular, colocando no centro três bolinhas de cada participante. As crianças têm que acertar as bolas partindo de fora da arena. Se alguém não acertar nenhuma bolinha, perde a vez. E se ela ficar presa dentro da área delimitada, também perde a bolinha.
Outras maneiras de brincar com as bolinhas de gude envolvem completar circuitos desenhados ou acertar latas e outros objetos posicionados no chão.
Para lançar as bolinhas, vale atenção à posição dos dedos. O indicador deve envolver a bolinha em formato de gancho, e o polegar serve para dar o impulso que vai lançar a bola. Os pais e avós também podem mostrar como jogavam e qual era a sua melhor técnica para fazer a bolinha atingir um alvo.
Rodar pneu de bicicleta ou bambolê com um pauzinho
Esta brincadeira funciona melhor em espaços abertos, em que a criança pode correr. Basta um pneu de bicicleta ou um bambolê posicionado na vertical e uma vareta, galho ou pauzinho para conduzi-lo.
O objetivo é conseguir percorrer a maior distância, ou por mais tempo, sem derrubar o pneu ou bambolê. Para dinamizar a atividade, pode-se criar uma pista de obstáculos e linhas de partida e chegada.
Amarelinha
O jeito mais simples de criar uma amarelinha, é desenhá-la no chão de cimento com giz de lousa. Faça um retângulo grande e divida-o em retângulo menores alternando entre um e dois espaços, e enumere-os de 1 a 10.
O objetivo da brincadeira é jogar um marcador, que pode ser uma pedra, em uma das casas e atravessar a amarelinha sem pisar no quadrado em que ele está. Na volta, é preciso pegá-lo do chão.
O desafio está em alternar entre pular em um pé só ou com os dois, bem como manter o equilíbrio para pegar o marcador. Quem completar todos os marcadores de 1 a 10 primeiro, sem errar, ganha. Para dificultar, pode-se adicionar mais marcadores e mais casas para pular.
Passa anel
Forme uma roda e peça a todos que unam a palma das mãos, com os dedos apontando para o centro do círculo. Agora, uma criança vai ser escolhida para colocar um anel ou uma pedrinha na palma da mão, e ela deve percorrer toda a roda passando as suas mãos entre as mãos dos colegas.
Em determinado momento, ela deve deixar o objeto cair nas mãos de quem ela escolher, sem que os demais percebam. Depois, ela vai chamar outra criança para adivinhar onde está o anel. Se acertar, é sua vez de passar o anel. Se errar, está eliminada do jogo.
Aos poucos, as crianças aprendem a prestar atenção aos detalhes e a interpretar as expressões corporais para decifrar sutilezas, bem como aprendem a estabelecer relações de cumplicidade, uma vez que a criança que recebeu o anel também não pode revelar que o objeto está com ela.
Peteca
Esta é bem interessante porque pode até ser confeccionada pela própria criança, utilizando novamente materiais de sucata. E além de ser divertido, estimula a coordenação e criatividade dos pequenos.
Elástico
O elástico era febre entre as meninas e seus pais e avós devem ter brincado muito na hora do recreio na escola. A brincadeira consistia em um elástico mais grosso que ficava entre as pernas das crianças. Precisava de muita habilidade para ser o campeão.
Cinco Marias
Existem várias formas para brincar com esse jogo. Todas exigem muita agilidade e velocidade dos participantes. Uma das mais comuns é o jogador lançar todas as ‘marias’ para o alto e deixá-las onde caírem. Ele escolhe uma das ‘marias’, lançando-a novamente para cima. Enquanto isso, deve recolher outro saquinho do chão e, com a mesma mão, apanhar o que foi lançado ainda no ar. Na rodada seguinte, as cinco ‘marias’ são jogadas mais uma vez, mas, neste turno, o jogador terá de recolher dois saquinhos, além da ‘maria’ ainda no ar – sempre usando uma só mão. As marias são saquinhos, normalmente cheios de areia.
Em um piscar de olhos, nossas crianças crescem, deixando lembranças de uma infância cheia de afeto, carinho e alegrias!
Vamos brincar com nossas crianças? Brincar juntos? Que tal nos darmos este presente e nos permitirmos este resgate?
Quando criamos a possibilidade de voltar a ser criança junto com os pequenos, entramos no mundo deles e além de estarmos inteiros para o momento, conseguimos transmitir o mais puro Amor e dividir as experiências imaginativas. Contribuindo assim, para o crescimento saudável e feliz de toda a família.
Bora brincar. Bora ser Feliz!
E que nunca nos falte a imaginação...