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Que atire a primeira pedra  , parte II...

Conforme o prometido, irei trazer para vocês aqui no Blog, textos que falam sobre comportamentos indesejados em nossas crianças. Comuns do dia a dia, mas que trazem um enorme desconforto para as famílias e escolas.

Hoje vamos falar sobre a Birra!

Quem nunca se deparou com uma criança vivendo um ataque de Birra. Quem nunca presenciou uma criança se jogando no chão e esperneando porque não queria ir embora do local, ou porque queria um determinado brinquedo, doce, entre outros... Quem nunca passou por isso? Ou viu uma mãe ou pai passando por alguma dessas situações?

Que atire a primeira pedra...

A Birra é uma manifestação natural da criança. Muita mais do que a gente pensa e quer acreditar. Ou seja, entenda que a birra é uma manifestação natural da criança que ainda não encontrou outras formas de se expor ao mundo, quando se frustra, ainda que isso desagrade os adultos. Prepare-se porque até os 3 anos as birras são bem comuns.

O temido ataque de birra pode ser um dos momentos mais desagradáveis na criação ou nos cuidados das crianças. Quer ocorra em ambiente privado ou em ambiente público, pode, num piscar de olhos, transformar a pessoa que é dona de nosso coração e move montanhas com um único sorriso lindo no ser mais feio e repulsivo do planeta.

Existem diferentes ataques de birra e também é muito importante que saibamos identifica-los... Assim como com que frequência acontecem? Qual a intensidade? Existe um prolongamento?

Em um dos meus posts falo sobre o cérebro da criança e como entender o funcionamento (mesmo que mínimo) pode nos ajudar a solucionar problemas e ajudar os pequenos. Quando conhecemos mais o cérebro do andar de cima e do andar de baixo, percebemos que, na realidade, há dois tipos diferentes de ataques de birra.

Um ataque de birra do andar de cima (intencional), ocorre quando a criança decide ter um “chilique”. Ela faz uma escolha consciente ao agir, aterrorizando o adulto até conseguir o que quer. E aí você pode pedir, implorar e muitas vezes acaba cedendo, até porque o que você mais quer é que a criança interrompa imediatamente aquele comportamento indesejado.

No entanto, o adulto que reconhece o ataque de birra do andar de cima da criança consegue ter uma reação clara e sabe que jamais deverá negociar com o “pequeno terrorista”. Um ataque de birra do andar de cima exige limites e uma discussão clara sobre os comportamentos adequados e inadequados.

Podemos usar este comportamento para o próprio aprendizado. Exercitando o autocontrole e auxiliando nossas crianças a encontrar formas inteligentes de lidar com as negativas impossibilidades de uma situação ou ambiente.

Se você se recusar a ceder os ataques de birra do andar de cima (independente da idade da criança), parará de vê-los frequentemente.

Agora trago aqui o ataque de birra do andar de baixo que é completamente diferente. Neste caso, a criança fica tão perturbada que não consegue mais usar o cérebro do andar de cima. Muitas vezes a criança sente tanta raiva que atira coisas, se agita loucamente e até é capaz de agressões físicas. É quando as partes inferiores do cérebro, em especial, a amígdala, assumem o controle e sequestram o cérebro do andar de cima. O famoso sequestro da amígdala!

O neo córtex ainda imaturo não possui neurônios suficientemente preparados para intervir com as funções executivas superiores que ainda estão em construção para que entendimentos e análises sejam feitas e aí as reações físicas ficam incontroláveis. E a resposta para essa situação/comportamento deve ser completamente diferente. Veja, enquanto a criança que tem um ataque de birra do andar de cima precisa de alguém que imponha limites com firmeza, uma reação adequada ao ataque de birra do andar de baixo é muito mais carinhosa e reconfortante. Por meio de toques carinhosos e um tom de voz tranquilizador, você ajuda a criança a se reconectar. Não faz sentido falar sobre comportamentos adequados e inadequados neste momento de “terror”.  Pois acriança não consegue processar nenhuma informação.

Tenho aqui uma orientação para lidar com esses ataques com crianças pequenas de até 18 meses. A tática de distrair para outro estímulo já acalma. Cantar, dançar, mostrar algo interessante e diferente como um bichinho de brinquedo, ou algo colorido e em movimento costuma resolver e a criança pouco a pouco vai retomando seu estado de tranquilidade física e emocional.

Você poderá experimentar diferentes abordagens de acordo com o temperamento do seu filho, mas lembre-se que o mais importante é se acalmar afastá-lo do caos. Depois, em um outro momento, poderão voltar com aquela conversa sobre os comportamentos adequados e inadequados.

Crianças que não tem adultos emocionalmente inteligentes que possam ajuda-los quando fazem birras correm um risco muito grande de sedimentarem o hábito de reagir intempestivamente daí pra frente em sua vida, quando adolescentes, jovens ou adultos diante de estímulos difíceis e até mesmo de menor intensidade, ficam como um fio desencapado, que a qualquer estímulo derramam uma grande quantidade de hormônios experimentando emoções conturbadas e intensas de ataque ou fuga. Como por exemplo sentem tristeza e choram com dor e sofrimento genuíno diante de uma negativa. Ou se transformam nos “galinhos de briga” de plantão, bastando um senão qualquer para partirem para socos e pontapés e sentem-se ao mesmo tempo com razão e confusos.

Posso dizer a você que as análises e entendimentos feitos por meio de abordagem de Coaching informal com base no Método KidCoaching ajudam incrivelmente no exercício de integração do cérebro que pensa com o cérebro que sente. E isso acalma e aumenta a condição da criança poder controlar-se melhor em outros momentos semelhantes.

Cabe a nós não julgar os pais ou crianças. Mas sim, acolher e auxiliar! Afinal de contas, que atire a primeira pedra quem nunca viveu ou presenciou um momento de Birra de alguma criança, isso é inevitável. Quem não passou?? Um dia ainda vai passar... E quem já passou? Bem-vindo! Esse é o universo infantil, com suas maravilhas e desafios diários.

Dicas Kids PRECIOSAS Coaching

Os kidcoaches podem auxiliar pais primeiro a conseguirem distinguir um tipo de birra de outro, também a junto com os pais leva-los a verem o real tamanho e frequência da birra, para conseguirem entender que é parte integrante da criança em algum momento fazer birra e que isso é uma atitude normal e assim ficarem menos estressados. O que deverá servir de alerta é a quantidade de vezes que faz birra.

Quando você retomou o estado emocional da criança poderá usar abordagens do tipo...Anota aí!!

Sei que você estava muito bravo lá no shopping?! E que estava incomodado. Mas não é legal gritar e bater quando estamos bravos. Você pode parar e dizer que quer embora, que está cansado.

Obrigado! Mensagem enviada.

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