Que atire a primeira pedra...
Neste post quero inaugurar uma série de textos sobre comportamentos e dificuldades encontradas pelas famílias, crianças e escolas.
Inicio com o Bullying que já é "figurinha" conhecida por muitos... Quem nunca sofreu, presenciou ou participou de uma situação de bullying que atire a primeira pedra.
Faço parte de uma geração que não conhecia esta palavra, no entanto, o ato era praticado diariamente...na escola, nos grupos de amigos e até mesmo nas famílias. Como eram solucionadas estas situações? Olha... Muitas vezes ficavam "por isso mesmo"... As vítimas superavam e cresciam com isso e vida que seguia, vida que segue e seguiu... Deixando sequelas para alguns e para outros apenas permaneceu no passado.
O bullying é tão antigo quanto os estabelecimentos de ensino. Apesar de existir a muito tempo, somente no início dos anos 70 esse fenômeno passou a ser objeto de estudo científico. Tudo começou na Suécia, quando a sociedade, em sua maioria, demonstrou preocupação com a violência entre estudantes e suas consequências no âmbito escolar. Essa onda de interesse social em pouco tempo contagiou os demais países escandinavos.
Na Noruega, pais e professores se utilizaram durante anos dos meios de comunicação para tornar público a sua preocupação com o bullying. No entanto, jamais as autoridades educacionais se pronunciaram oficialmente sobre o assunto. No final de 1982, ocorreu uma tragédia ao norte daquele país que marcou a história do bullying nacional.
Três crianças com idade entre 10 e 14 anos se suicidaram.
Logo após, as investigações concluíram que elas resolveram se matar porque foram submetidas a situações de maus-tratos pelos colegas da escola onde estudavam. No ano seguinte, em resposta a grande mobilização nacional fruto desse acontecimento, foi realizada uma ampla campanha com o objetivo de combater o bullying escolar.
Porém, existe um tipo de bullying sobre o qual raramente falamos, e que pode ser o pior deles. Porque ele não é causado pelas crianças ou adolescentes que não vão com a cara do seu filho. Aliás, é justamente por ser o contrário que ele é o tipo que mais dói. Veja só: um estudo da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, mostrou que a frase “com amigos assim, quem precisa de inimigos?” torna-se totalmente verdadeira quando a amizade passa a ser base para situações desagradáveis para uma das partes. O bullying relacional (ou seja, provocado por pessoas que fazem parte do círculo de amizade da vítima) traz mais danos do que os tipos verbal e físico. Isso ocorre porque essa relação vai destruindo aos poucos os conceitos de relacionamento do jovem, já que ele passa por péssimas experiências causadas justamente por pessoas de confiança, que ele considerava como verdadeiros amigos.
E nas famílias, como podemos falar do bullying? Muitas vezes o ambiente familiar pode despertar um buller (o agressor).
Não vou julgar aqui, pois famílias são únicas.Cada quais com seus valores e crenças limitantes ou não, estão sempre querendo acertar.
O Método KidCoaching possui uma abordagem incrível para este assunto... Onde traz o olhar não só para a vítima, mas principalmente para o agressor.
Com boas perguntas e técnicas desenvolvidas especificamente para o universo infantil é possível reverter uma situação de bullying trazendo autoconfiança e posicionamento para as nossas crianças.
O trabalho do KidCoach ou do Professor é levar o agressor a manter seus ganhos e alterar seu comportamento, isto é ajudar a criança a continuar obtendo por exemplo popularidade e apreciação dos demais colegas sem precisar magoar ou violentar moralmente outro colega, mas descobrindo formas positivas de se destacar.
De forma coletiva o Professor pode debater com a turma maneiras de combater o bullying e fortalecer a auto-estima do grupo.
E vamos continuar falando, lendo e nos informando sobre o Bullying que é algo tão sério e infelizmente ainda visto por algumas pessoas como frescura.
Finalizo dizendo que quando se trata de criança, de ser humano, de emoção, jamais será frescura e sim AMOR!
Se excesso de amor é frescura??? Então que possamos pecar muuuuuito por isso!
Dica Kid Precious Coach
Chame a criança que sofre Bullying e a auxilie a se posicionar e usar a postura que deseja usar diante dos agressores para impor-se e impor limites aos comportamentos que a estão magoando. Auxilie também a criança a encontrar modos de se blindar emocionalmente aumentando sua autoconfiança, auto estima e leva-la a identificar e se apropriar de suas melhores características, dons, talentos, e recursos pessoais que fazem dela uma pessoa bonita, única e especial.
Abaixo compartilho com você, duas sugestões de Bibliografia para trabalhar em casa ou sala de aula com a criança e para leitura e conhecimento.
Envergonhada pelo apelido de “morango sardento”, a protagonista do livro experimenta até tomar banho com suco de limão para tentar eliminar suas sardas. A autora conta como fez de tudo para se livrar não só das pintinhas, como da autorrejeição. Morango Sardento mostra que, para “viver feliz para sempre”, é preciso se aceitar, com suas sardas e seu cabelo vermelho.
Autora: Julianne Moore
Com uma proposta de 'Educar para a Paz', a pesquisadora e educadora brasileira Cleo Fante, escreveu o livro Fenômeno Bullying. Em uma edição revisada e atualizada por recentes pesquisas, o texto apresenta o 'Bullying', como um fenômeno que vem sendo tema de preocupação e de interesse nos meios educacionais e sociais em todo mundo. Embora ofereça um panorama mundial sobre o problema, Cleo Fante destaca a realidade vivida hoje no Brasil e apresenta um programa inédito e extremamente prático a ser aplicado nas escolas, que já vem sendo desenvolvido em alguns estabelecimentos de ensino, com sucesso. O livro Fenômeno Bullying tem como objetivo despertar autoridades educacionais, educadores, pais, alunos e a sociedade em geral para o assunto, muitas vezes encoberto nas escolas. Acreditando que uma nova geração, mais pacífica, é possível, o Programa Educar para a Paz é fundamentado em valores como a tolerância e a solidariedade, que devem ser estimulados entre os alunos, através do diálogo. O respeito e as relações de cooperação também precisam ser valorizados. Para isso é preciso que haja união e interesse de todos: direção da escola, professores e comunidade.
E que nunca nos falte a imaginação...
Angela Giordani - KidCoach

