Para ler dentro e fora da toca...
O Senhor Coração...
Muito prazer,
Eu sou o Senhor Coração e escrevo estas linhas não de muito longe, na verdade estou perto, bem perto, dentro de você...
Quero começar dizendo como funcionam as coisas aqui na minha Terra. Quem comanda tudo por aqui é o Amor... Tenho o auxílio de vários outros sentimentos como: paz interior, compaixão, paciência, bondade, entusiasmo, criatividade, e muitos e muitos outros...
Por aqui existe família bem diversa: com duas mães, dois pais... Um pai só, uma mãe só...E família que tem filho de outra família... E está tudo certo, porque o AMOR IMPERA!
Também tem amigo que enxerga com as mãos e ajuda o outro amigo que não pode andar empurrando uma cadeira com rodas de bicicleta. E aí a diversão já é Amor...
As cores são misturadas e convivem muito bem, porque são irmãs e irmãos se AMAM.
Aqui, características físicas são apreciadas e valorizadas cada uma de forma individual... sem comparações! Se sentir único é AMOR demais.
Todos os dias recebo novos moradores, as vezes visitas... Muitas vezes alguns resolvem ir embora por um tempo... Mas voltam, Ooooooo se voltam!
E você, bem você aí que está lendo... É bem-vindo! Sempre! Entre sem bater! Venha sem avisar!
Mas venha com a mente aberta com a disposição para encher o seu peito de muito Amor e inundá-lo com todos os outros sentimentos que fazem parte do pacote!
Assinado,
Senhor SEU Coração.
E foi assim que quis começar meu post onde indico e sugiro a leitura de livrinhos infantojuvenis...
Infelizmente estamos passando por uma faze de intolerância do ser humano. As nossas crianças (verdadeiras esponjinhas) acabam absorvendo toda essa “negatividade” que paira no ar... E isso não é bom!
Por isso, acredito que é de extrema importância trabalharmos com os pequenos: o preconceito, as diversas formas de ser e pensar, as relações, emoções, o ser diferente, o respeito pelo próximo, a empatia... Enfim... A diversidade!
Eu particularmente, adoro livros infantojuvenis que abordam estes temas, eles sempre têm muito a oferecer e principalmente a ensinar.
A literatura tem um poder imenso! Pode mostrar para uma criança da maneira mais doce e afetiva como devemos olhar o outro como um ser único e especial nesse mundão que só estamos de passagem e definitivamente somente para aprender um com o outro!
Pesquisei com carinho algumas Obras que podem fazer a diferença na vida de seus pequenos e nas suas também...

O desenho do porta-retratos da família de Olívia, ilustrado por Taline Schubach e que abre o interessante livro de Márcia Leite, é a porta de entrada para a história da menina, que tem dois papais, como já explícito no título. A menina Olívia tem imenso poder de usar as palavras para convencer a cada um dos papais – Luís e Raul – de tudo o que quer; basta dizer “entediada”, e papai Raul para o que estiver fazendo para brincar com a filha; com o papai Luís, a palavra de ordem é “desfalecer”. Colocadas entre aspas, essas – e outras palavras – fazem parte do vocabulário da menina e estarão presentes ao longo de toda a história, para demarcar os sentimentos de Olívia e sua relação com seus pais.

Lelê não gosta do que vê - de onde vem tantos cachinhos? Ela vive a se perguntar. E essa resposta ela encontra num livro, em que descobre sua história e a beleza da herança africana.

Eugênia é uma menina de 11 anos apaixonada por mecânica e elétrica e capaz de consertar qualquer aparelho eletrônico. Seu quarto, repleto de fios e outras traquitanas, parece mais um cenário de filme de ficção científica do que o mundinho cor-de-rosa de uma pré-adolescente! Cansada de tentar entender os seres humanos, que ela considera muito complicados, mas sentindo-se sozinha, Eugênia decide criar seus próprios amigos – companheiros, leais e... devidamente programados por ela. Mas será que esses seres previsíveis conseguirão substituir os amigos de carne e osso de quem Eugênia tanto sente falta, com suas atitudes e pensamentos por vezes indecifráveis?

De vez em quando, Lucas briga com a irmã Elisa. Júlia não tem irmãos, mas tem tudo em dobro. Davi tem um três-quartos-de-pai que ele adora. Carla e Maurício têm duas mães e dois pais. Carolina está muito triste e não quer ter outra mãe. Paula ganha duas festas por ano: a de aniversário e a de dia da chegada. O pai de Maurício chama-o de pituquinho. Lucinha tem a voz igualzinha à da mãe. Porém, todos têm algo em comum: pertencem a uma família, e toda família é única! Prêmio Alemão de Literatura Infantojuvenil 2011

Azzi e seus pais correm perigo. E por isso precisam fugir às pressas, deixando para trás sua casa, seus parentes, seus amigos, suas profissões e sua cultura. Ao embarcarem rumo a um país desconhecido levam, além da pouca bagagem, a esperança de uma vida mais segura. Um outro país para Azzi, uma narrativa ilustrada na forma de quadrinhos, convida o leitor a imaginar, com delicadeza e fidelidade, o que é ser uma criança refugiada. Durante a história, Azzi – e o leitor também – vai se dando conta de que, apesar do sofrimento, é possível adaptar-se à nova terra, como o pé de feijão que ela planta e vê crescer.

Maria Clara é um 'anjinho pretinho', como diz a própria mãe, além de ser uma menina que gosta de brincar, de coisas simples, e vive trazendo à tona as inquietações infantis; os porquês - que muitas vezes os adultos não sabem responder, apesar da simplicidade das perguntas. Espevitada, a menina gosta das coisas bem explicadas, clara, igual ela. Certa vez ficou confusa ao ouvir da sua amiga Aninha que ela não podia ser um anjinho, 'pois a mãe disse que os anjinhos eram loirinhos de olhos claros'. Clarinha, através de sua inquietude, descobre um mundo de pessoas coloridas, diferentes geometricamente e que, até mesmo os gêmeos Claudio e Clóvis, não são iguais.

Seus colegas de classe não sabem se ele já nasceu cego ou se ficou depois, mas têm certeza de uma coisa - Rodrigo enfrenta qualquer parada. Recém-transferido de uma escola especial para a nova escola onde estudam crianças sem deficiências ele já tem um grande amigo - André, também personagem do livro 'Rodrigo enxerga tudo', de Markiano Charan Filho. Através de um texto lúdico e bem humorado, com ilustrações envolventes do artista gráfico Valeriano, 'Rodrigo enxerga tudo' mostra que, embora cego, Rodrigo tem muitas formas de 'ver' o mundo. Ele pode ler e escrever em Braille e tem todos os seus outros sentidos aguçados para identificar e relacionar-se com as coisas e as pessoas. Mas, acima de tudo, apesar das dificuldades, ele conta com a própria coragem e também com a solidariedade dos colegas. Esses sã o os valores principais.
Essas são minhas sugestões... Agora é só escolher e partir para a leitura com muita disposição em guiar as crianças para os caminhos do bem!
Aproveitem!
E que nunca nos falte a imaginação...